quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ORDEM DE DESPEJO

                                         
                                (ao Rubens G. Pesenti)


Mas o moinho da favela queimou!
(queimou, deixa queimar)

A favela do moinho queimou!
(queimou, deixa queimar)

ô ô ô meu senhor...

Ordem superior:
“abre a roda pra sambar”



3 comentários:

  1. Na próxima quinta-feira (19-01-12) na coluna CRONISTA DE 5ª, no endereço www.notaindependente.com.br meu cronto falará sobre o poema.

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  2. Poder de síntese, ótimo, pungente... Como disse o Lobão, "a favela é a nova senzala"

    Pegando carona no Mestre Cartola:

    "Queixo-me as cinzas mas que bobagem
    As cinzas não falam
    Simplesmente as cinzas exalam
    A fumaça e um pouco de ti"

    ...

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  3. Edê, digo o mesmo dessa passagem do Cartola.

    Os diálogos intertextuais estão profundos e dolorosos por aqui.



    Axé

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