COMENTÁRIOS DA ORELHA E DA CONTRACAPA:
Willian
Delarte em O Alien da Linha Azul apresenta uma obra consistente e madura. Este
livro é Poesia com P maiúsculo: Poética, Periférica e Preta, esta tríade
sintetiza magistralmente a Literatura produzida e apresentada nas quebradas
paulistanas.
(Emerson
Alcalde, ator, poeta e slammer – Slam da Guilhermina)
*
Da poesia de
Delarte, gosto por não ser bula nem dica de bolo, mas ter lá sua verdade, por
não se amuletar na quadrinha, já que meia palavra bas... Gosto por não baixar a
crista pra figura, mas arquitetar o verbo, por saber ouvir, vociferar, se
preciso, sem cismar com o silêncio, gosto pelo gosto de eco, pela prosa no
poema, e vice e verso, gosto porque me avessa e se é poesia ou poema num
importa, qual o pobrema?? É palavra de porta aberta que não chama, mas venta
pra fogueira, e é por isso gosto, só por isso, poeta!
(Michel
Yakini, escritor – Sarau Elo da Corrente)
*
O Alien da
Linha azul
Transcende...
da
desaparição de Amarildo
à lúcida
demência de Estamira;
da
misericórdia negada
ao mendigo
de mão estirada;
das
crueldades em alta resolução
ao lugar
onde os homens se escondem.
Transcende...
são palavras
que pretendem sonhos,
arquitetam
caminhos,
conspiram
voos.
(Sonia
Bischain - escritora e fotógrafa – Sarau Poesia na Brasa)
*
O Alien da
Linha Azul é Santa Cecília sem qualquer misericórdia. É música. Essência é
vapor. E é barato. O poema pro Amarildo é daqueles que te faz imortal. Mas pra
que ser imortal num mundo desses? Fique vivo. Peixe.
(Daniel
Minchoni, poeta – Sarau do Burro)
*
Se poesia é
síntese, Willian Delarte a faz com maestria. Os poemas reunidos em O Alien da
Linha Azul traz novamente o poeta para o que parece sua vocação, a poesia.
Poemas urbanos. Do busão pra Brasa, do Alemão pra Rocinha, de Gramacho, da
Santa Cecília pra Palestina - em pedaços. São registros de personagens:
Amarildo, Estamira, Madiba, sem esquecer os anônimos "sem qualquer
misericórdia". O autor confessa que “poetas ganham da madrugada o que se
perde em vários meses”. Taí a pista dada pelo poeta, já que poesia não se
ensina. Siga-a!
(Ruivo
Lopes, escritor – Coletivo Perifatividade)
*
Um livro
para ser relido em voz alta. Assim, seus lábios (e ouvidos, obviamente) saberão
que a poesia já não suporta mais este presente calabouço. Willian Delarte
apresenta seus flashes disfarçados de palavras-problemas. Sua caneta segue
driblando na direção do árbitro e chuta e faz pênalti e corre, que o seu jogo é
noutro campo. Poesia neles!
(Ni Brisant,
escritor e idealizador do sarau Sobrenome Liberdade)
*
Assim como o
oxigênio está para a vida, a palavra está para a democracia.
O cotidiano
de trabalhadores e viventes nas periferias, os desafios de fomentar a leitura e
a literatura fazem nascer escritores e escritas como O Alien da Linha Azul,
seres estranhos, de línguas-espadas cortantes, como Willian Delarte, que
constroem naves-saraus. Saraus são células que surgem por todos os cantos,
fazendo brotar oásis transformando a antes árida periferia. São lugares onde se
encontram a diversidade e cabem todas as diferenças, para deste encontro fazer
jorrar A PALAVRA, expressada em todas as suas formas, cantada, dançada, falada,
em cores, credos e raças. E assim seguem criando, se multiplicando, tecendo e
trançando uma outra cidade para um outro viver!
(José Soró -
Sarau D'Quilo- Comunidade Cultural Quilombaque)
*
Com ideias
que convidam ao deleite demorado, atravessadas por raciocínio rápido de lâminas
afiadas, o camarada Delarte reparte em pequenas doses os corpos de nossos
desaparecidos. Nos fala dos entre tempos, que transforma em libertários, quem
outrora, talvez, senhor de escravos. Willian nos chama para ver o mundo para
além do óbvio, do racional lógico. Fala das pequenas realidades cotidianas que
não conseguimos explicar com nossas ciências, religiões ou qualquer outro
consolo. Diz de valores que brotam nos lixões, das tecnologias que vem nos
mostrar, em alto e bom som, o horror da guerra. Evidencia e denuncia a
catástrofe da vida. Ou quem sabe, talvez, Willian Delarte, com seus poemas,
apenas exorciza os próprios demônios.
(Vagner
Souza, educador – Sarau Poesia na Brasa)
*
3 POEMAS DO LIVRO PUBLICADOS NA REVISTA MALLARMARGENS: http://www.mallarmargens.com/2016/04/3-poemas-de-willian-delarte.html?m=1
*
3 POEMAS DO LIVRO PUBLICADOS NA REVISTA MALLARMARGENS: http://www.mallarmargens.com/2016/04/3-poemas-de-willian-delarte.html?m=1
Nenhum comentário:
Postar um comentário