Não.
Não é mais um ano,
mais um livro,
outra roda, outra gira,
número novo,
novo calendário;
não é a Virgem a chorar nossas misérias,
não é Deus preparando o chicote
nem o Tempo carrasco a marcar na pele
as cicatrizes do eterno relógio.
Não é nova era,
nova ordem,
novo tempo.
Não é momento de redenção,
de opressão
ou aniquilamento.
É sim uma chance:
refazer a cama,
lustrar os móveis,
retocar a fachada -
do amor bater na porta
e encontrar alguém em casa.
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