Não era nada,
só um poema entalado na garganta.
O Doutor mediu pressão,
examinou pés,
olhos,
anca,
e nem desconfiou do súbito mal
que dorme insondável
e, atroz, se levanta.
Enfim, o câncer
(coisa que diabo espanta!),
e, um ano depois,
enquanto toda a família
jogava terra em montinhos
por sobre a manta
de lágrimas e flores,
e as senhoras maldiziam,
fazendo o sinal da cruz,
credo-ave-maria,
santa-maria santa!,
para que nunca as acometesse
o maldito,
proscrito câncer de anta!,
avistando a tumba,
longe ao alto,
eu bem sabia:
rezar nem adianta...
entalado na garganta.
Mis saludos desde Santiago de Chile, un agrado leer-mirar en su sitio, viva la poesía y el arte, un abrazo afectucoso y fraterno,
ResponderExcluirLeo Lobs
Grande Abraço, amigo Leo Lobos!
ResponderExcluirComo é bom passar por aqui! Blog raro!
ResponderExcluirAbraços,
Vera
Bom é tê-la por aqui, Vera!
ResponderExcluirForte abraço
Delarte
Muitíssimo bom.
ResponderExcluir- É mininu, cê num trabáia não?
- Sou artista; um escritor, poeta.
- Tá, quibão! Mas trabaiá mermo quiebão, cê num trabáia não?
Ai! Dura vida a nossa.