Eu poderia falar que este
13/06/2013 ficará na memória paulistana como o dia da Vergonha Policial e de
toda Administração Pública;
que a polícia é um braço desta
Administração e, como reza a nossa Constituição, sua função maior é zelar pelo
Interesse Público, tendo este Supremacia sobre o privado;
que a polícia paulista é a mais
truculenta do Brasil e despreparada (desde o treinamento da Ditadura) para
saber o que significa Constituição Federal, Administração e Interesse Públicos;
que em todo o mundo, e inclusive
aqui em São Paulo por diversas vezes, toma-se naturalmente a avenida principal
dos centros urbanos em atos de protestos, e que a função da polícia neste caso
é Zelar, Proteger e Organizar a manifestação para que ela cumpra seu papel e o Interesse
Público seja alcançado, neste caso, viabilizando a logística para acessos a
pontos importantes desta redondeza, hospitais, por exemplo;
que a polícia, sentindo-se protegida
pela mídia e opinião pública, a mando de seus líderes do executivo (estadual e
municipal), flagrantemente retaliou a manifestação do Movimento Passe Livre,
impediram seu direito constitucional de Reunião e manifestação do pensamento e,
mais, agiram com força desmedida, descendo o pau, bombas e cassetetes, aleatoriamente e, depois, num ato
nazista-teatral, passou a exibir sua força com cavalarias medievais,
marcha de Tropa de Choque, bombas ao ar, numa Avenida Paulista praticamente sem
manifestante, com civis que não tinham nada a ver com a ocasião (nas calçadas)
sendo presos e agredidos, como muitos jornalistas e cinegrafistas;
que este ato foi, numa primeira
instância, um tiro no pé, já que a mídia agora se volta contra ela, a polícia,
e, em última instância, foi benéfica ao Movimento, que se fortalece e passa a
ter o apreço (boicotado anteriormente) da opinião pública;
que essa história de “aumentamos
menos que a inflação” é falácia total, pois o salário do trabalhador não vem
acompanhando esta e nossas passagens são as mais caras do mundo, acrescido a
isso a desaprovação total dos cidadãos frente ao Sistema Público de Transporte
paulista e paulistano;
que os Srs. Governador do Estado
e Prefeito do Município de São Paulo em nenhum momento aceitaram negociação ou
conversa;
que a proposta do Ministério
Público em suspender o aumento por 45 dias para que se chegue a um acordo
também foi ignorada;
que os dois estão dando os braços
e dizendo a si e ao povo “somos fodões, não recuamos, estão vendo nossos
colhões?”, mas apenas quero registrar uma frase disparada pelo professor e
filósofo Vladimir Safatle:
“Democracia é
barulho: silêncio é Ditadura!”
(imagem extraída do link: