“para Eduardo Lacerda”
lá, uma trilha estreita
de pedra e chão batido
onde ervas rasteiras se iluminam
na prata que vai caindo
de lua
em lua
pela imensidão;
um estalo de fogo engolindo o vento
a subir na noite compassado e a contra-
tempo
acorde dissonante e por dentro
que vai te indicando o caminho.
uma roda flamenca:
batidas de pé cantadas na mão
nos toc-ti-toc´s das runas no chão
e uma carta se abrindo no peito
em sangue tinto
e vinho branco
e uvas de mel
e maçãs do destino
ancestrais do destino!
que te abrem o jogo-menino
e te são a rodar
R r r R
o a a o
d e
d
pela vida sem casa
sem ida sem vinda
sem plano:
absurdamente
humano
demasiado Cigano.
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